• Início
  • Categorias

    Hot Categories

    • conversações

    • podcast

    • críticas

    • coberturas

    • entrevistas

    • dossiês

    • ensaios

  • Quem somos
  • Contato
  • Ações
  • Parceiros

Horizonte da Cena

Horizonte da Cena

ensaios

Minha crítica não quer…

  • por Diogo Horta –

Quando entrei para o Horizonte da Cena, há alguns anos atrás, estava interessado em refletir sobre as produções de teatro para crianças já que os espetáculos voltados para esse público tinham pouca adesão do coletivo de crítica até então. Diante disso, minha perspectiva sempre foi pensar como os pais e responsáveis poderiam ler as críticas para refletir, a partir delas, sobre os espetáculos que iriam assistir ou que já tinham assistido. Para isso, tentei sempre me pautar por uma linguagem cujo acesso pudesse ser mais amplo, evitando conceitos complexos (até porque não domino grande parte deles) e tentando traduzir determinadas análises e apontamentos para que ficassem de fácil compreensão para todos os leitores.

Hoje, quando penso em um projeto de crítica, não penso mais especificamente no teatro para crianças, embora continue me esforçando para refletir sobre ele. Penso, sobretudo, nessa questão do acesso e em como tornar a crítica mais frequente na vida do leitor, especificamente em meios digitais. Em 2020 e 2021 lançamos uma temporada de podcasts com esse intuito de trazer o debate sobre as artes cênicas para conversas entre críticos que possibilitassem uma outra aproximação e possibilidade de acesso a crítica para além do texto escrito.

Conversando com uma amiga, começamos a divagar sobre as aproximações da crítica com as redes sociais para além de um repositório de divulgação dos textos, como a própria plataforma de difusão de críticas. Cabendo, no entanto, adaptações em termos de formato, tamanho, entre outros.

Diante disso, surgiram algumas perguntas: a crítica cabe em outros formatos mesmo? Ficaria superficial? Aumentaria o acesso? Facilitaria o diálogo com aqueles que não são estão habituados às artes cênicas ou à própria crítica? Se a crítica virar conteúdo, ela deixa de ser crítica? Se o nosso perfil nas redes sociais trouxer textos curtos nos captions com breves reflexões a partir dos principais movimentos que estão acontecendo no país e no mundo, ganharíamos mais seguidores e mais interação? E se minha crítica se resumir ao post, esquecer o site e focar no engajamento? Correria o risco de se vender às redes sociais? Mais perguntas que respostas, mas é algo que eu gostaria de tentar.

Ainda nessa conversa, me veio uma canção da Adriana Calcanhoto do álbum “A fábrica do poema” que se chama “Minha música”. Fiquei brincando de substituir a palavra música e depois esbocei algumas frases do que a minha crítica quer e não quer. Achei que poderia compor esse texto do projeto de crítica. Ficou assim:

Minha crítica não quer ser útil

Não quer ser morta

Não quer ofender

Minha crítica não quer tecer verdade

Não quer ser conceitual

Não quer deter conhecimentos

Não quer se fechar

Minha crítica quer se abrir para todos

Minha crítica quer ver o mundo por trás da cena

Minha crítica não quer analisar

Não quer sufocar

Não quer driblar

Minha crítica só quer se conectar

Conexão. Essa seria a palavra-chave do meu projeto. Cabe, no entanto, entender quais estratégias realmente poderíamos lançar mão para conectar com o público e trazer uma dinâmica para a crítica nas redes sociais. Os perfis do @poenaroda, @midianinja e @brains9 no Instagram me parecem se conectar com a público justamente por fazerem com que o conteúdo possa ser acessado diretamente na rede social. Seria um caminho a considerar para o Horizonte da Cena?

 

 

02/02/2022 TAGS: Diogo Horta, Projeto de crítica, redes sociais 0 COMMENT
SHARE
Leia mais

Comente Cancel Reply

Perspectivações

a crítica como prática comum e atônita ou por uma performance queer da repescagem  

  • About Me

    Diogo Horta

    Ator, professor e curador de teatro. Mestre em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG.
  • categorias

Relacionados

ensaios Para além da crítica: minha escrita como ato de movência

críticas Você!

críticas Em mutação

críticas Um acontecimento à moda antiga

críticas Você está satisfeito?

ensaios a crítica como prática comum e atônita ou por uma performance queer da repescagem  

Quem Somos

O Horizonte da Cena é um site de crítica de teatro criado em setembro de 2012 pelas críticas Luciana Romagnolli e Soraya Belusi, em Belo Horizonte. Atualmente, são editores Clóvis Domingos, Guilherme Diniz e Julia Guimarães. Também atuam como críticos Ana Luísa Santos, Diogo Horta, Felipe Cordeiro, Marcos Alexandre, Soraya Martins e Victor Guimarães. Julia Guimarães e Diogo Horta criaram, em 2020, o podcast do site. Saiba mais

Cadastre seu email

Mantemos os seus dados privados e os compartilhamos apenas com terceiros que tornam este serviço possível. Leia nossa política de privacidade.

Verifique sua caixa de entrada ou a pasta de spam para confirmar sua assinatura.

Siga-nos nas redes

Horizontedacena

Horizontedacena

Horizonte da Cena
Direitos Reservados © 2017 - 2019 Horizonte da Cena